Pesquisa de micronúcleos na mucosa esofágica e sua relaçäo com fatores de risco ao câncer de esôfago / Research of micronuclei in the esophageal mucosa and its relationship with risk factors to esophagus cancer

Micronúcleos sao fragmentos de DNA nao incorporados ao núcleo na divisao celular e que apresentam relaçao com agentes genotóxicos (mutagênicos ou clastogênicos). Os micronúcleos podem ser detectados nas células esfoliadas dos tecidos. OBJETIVO: Determinar a freqüência de micronúcleos na mucosa esofágica, relacionando com determinados hábitos. PACIENTES E MÉTODOS: Em pacientes submetidos à endoscopia digestiva alta e sem evidências de anormalidades esofágicas, foram colhidos materiais através de escovado do esôfago médio, para pesquisa de micronúcleos. Após à endoscopia, os pacientes foram questionados sobre seus hábitos. RESULTADOS: A freqüência de micronúcleos nao mostrou diferenças significativas (p > 0,05) em relaçao ao sexo, local de residência (rural ou urbana), tipo de atendimento (ambulatorial ou hospitalizado), ingestao de álcool. Nas variáveis fumo e mate houve diferenças significativas entre as categorias expostos e ex-expostos em relaçao à categoria nunca expostos. CONCLUSAO: A freqüência de micronúcleos na mucosa esofágica foi maior nos pacientes fumantes e bebedores de mate

Diferenças geográficas na mortalidade por câncer de esôfago no Rio Grande do Sul / Geographical differences in esophageal neoplasms mortality in Rio Grande do Sul

Os coeficientes de mortalidade por 100.000 habitantes, com relaçäo ao câncer de esôfago, foram estudados nas 34 microrregiöes que compöem o Estado do Rio Grande do Sul, período de 1979 a 89. Estes coeficientes foram calculados a partir de dados de mortalidade divulgados pela Secretaria de Saúde e Meio Ambiente do Rio Grande Sul. As populaçöes referentes aos censos foram obtidas no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e as populaçöes dos anos intermediários foram estimadas pela Fundaçäo de Economia e Estatística. A partir destes dados foram calculados os coeficientes por 100.000 habitantes, as médias dos coeficientes, desvios padröes e as tendências do Estado do Rio Grande do Sul e das 24 microrregiöes. Notou-se grande variabilidade nas médias dos coeficientes quando comparados às microrregiöes, com valores entre 16,49 e 4,74, sexo masculino. As microrregiöes do sul do Estado, onde predominam os latifúndios, apresentaram os coeficientes mais elevados na mortalidade por esta neoplasia. A tendência mostrou-se ascendente em 54// das microrregiöes, no sexo masculino

Mortalidade por câncer de colo uterino no Rio Grande do Sul / Mortality from uterine cervix neoplasm in Rio Grande do Sul

O objetivo deste estudo refere-se a mortalidade por câncer do colo uterino (Cid 180), através da verificaçäo dos coeficientes de mortalidade no Rio Grande os Sul e nas 24 microrregiöes que compöem o referido Estado, com estudo das tendências (regressäo linear simples), período de 1970 a 1989. Como objetivos secundários foram abordados a feqüência relativa desta neoplasia em relaçäo ao total de óbitos por neoplasias malignas, estudo comparativo com outras localidades e correlaçäo com fatores de risco. Os dados que permitiram este estudo foram obtidos na Secretaria de Saúde e Meio Ambiente do Rio Grande do Sul, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE), Ministério de Saúde e Organizaçäo Mundial de Saúde. A média dos coeficientes de mortalidade/100.000 mulheres no Rio Grande do Sul (1970-1989) foi de 3,8, com tendência ascendente. Observaram-se diferenças importantes na distribuiçäo dos coeficientes de mortalidade nas 24 microrregiöes do Estado, com médias oscilando entre 2,5 e 6,7. O câncer de colo uterino ocupou o 4§ lugar na mortalidade por neoplasias entre as mulheres do Rio Grande do Sul, em 1989. Vírus de papiloma humano e tabagismo säo importantes fatores de risco nesta neoplasia